
Eis o pai da montanha, o bíblico Moisés Vegetal!
Falou com Deus também…
E debaixo dos pés, inominada, tem a lei da vida em pedra natural!
Forte como um destino,
Calmo como um pastor,
E sempre pontual e matutino a receber o frio e o calor!
Barbas, rugas e veias de gigante.
Mas, sobretudo, braços!
Longos e negros desmedidos traços, gestos solenes duma fé constante!
Folhas verdes à volta do desejo que amadurece.
E nos olhos a prece da eternidade.
Eis o pai da montanha, o fálico pagão que se veste de neve e guarda a mocidade no coração!